segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Explicando a História - Por José Carlos Pimentel

Leitor impenitente e assinante de há muito do Diário do Nordeste, li na edição de 29 de setembro na página Regional que alguém quer edificar uma estátua em homenagem a seu Lunga. Conheci Joaquim dos Santos Rodrigues de quem fui advogado em alguns casos e nada tenho contra. Ao contrario ele merece. O que me surpreendeu e do que discordo é dizer aquele artigo que Lunga "depois do padre Cicero a figura que mais divulgou a cidade". Agora explico: a figura mais conhecida em todo o Nordeste depois do padre Cicero e em grande parte do mundo é o padre Murilo. O Nordeste o batizou o VIGÁRIO DO NORDESTE e por sua pertinácia em promover o padre Cicero e Juazeiro tornou-se o ícone da devoção ao Santo Nordestino. Convivi com ele ao lado de Daniel Walker, 45 anos viajamos muito. Inclusive o Nordeste por inteiro. Já em Roma vi ao lado de Renato Casemiro bispos e padres dialogando com ele como se fossem velhos conhecidos. Vi em uma tarde de sol em Piranhas Alagoas à beira do São Francisco populações de Bahia e Pernambuco num total de 100 mil pessoas esperando do meio dia a noite para participar de missa celebrada por ele. Não foi governador, senador ou prefeito de Juazeiro porque como ele dizia:”Sou padre e o altar é meu ofício”. 
Convidado a ser bispo não quis. Amado pelos romeiros, foi o maior vigário da história de Juazeiro, haja vista que o padre Cicero foi capelão. Desconhecer essa verdade é ofuscar a própria história de juazeiro nos últimos 60 anos. Mas, como ele me dizia num tratamento carinhoso de quem me viu menino e contribuiu para minha cidadania: "ei Pimentinha, depois da minha morte vão me esquecer!" 
Não, Murilo, era assim que eu o chamava, esquecer você é apagar a história de Juazeiro.
Jose Carlos Pimentel Advogado/ Radialista

Nenhum comentário:

Postar um comentário